sexta-feira, maio 14, 2004

Ilha da Madeira - A primeira parcela do Novo Mundo

João de Barros deixou registado o sentimento de ruptura com o passado medieval, que pode ser estendido aos seus contemporâneos, ao escrever sobre o acontecimento protagonizado pelas naus portuguesas ao conseguirem contornar o Cabo da Boa Esperança: “encoberto por tantas centenas de anos, como aquele que quando se mostrasse não descobria a si mas a outro mundo de terras”. O novo século XVI representou para os habitantes do continente europeu a abertura de um mundo mais amplo, a partir do rompimento das fronteiras marítimas protagonizado pelos navegadores ibéricos que libertaram o Índico, os mares do Oriente e do Atlântico. Segundo as palavras de António Manuel Hespanha, o mar, “enfim, vencido e aberto pelas naus portuguesas, se constituíra no próprio corpo do império” As riquezas que vinham da Ásia e da África e, mais tarde, da América, alimentaram as pretensões territoriais do monarca português que, em 1499, adotou a titulação de rei de Portugal e dos Algarves, de Aquém e de Além Mar em África Senhor de Guiné e da Conquista, da Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.
O processo de conquista do Atlântico havia se iniciado no século XV, quando em 1420 os portugueses chegam a Madeira. A ilha Madeira foi a primeira área de reconhecimento e ocupação europeia no Atlântico, servindo de modelo para a colonização das outras regiões e tornando-se um marco no processo de expansão marítima no século XV. Esta região ainda que não estivesse no centro dos interesses régios, constituiu um espaço importante para afirmação da soberania marítima portuguesa. Assim, as ilhas Atlânticas vão ocupando um lugar de destaque na expansão europeia ao serem descobertas pelos portugueses ao longo do século XV: o arquipélago dos Açores em 1427, Cabo Verde em 1460 e em 1474 a ilha de S. Tomé. Como indicou António Manuel Hespanha, desde o início a decisão de colonizar os arquipélagos visou uma implantação duradoura do ponto de vista estratégico e comercial, acompanhada pela exploração agrícola.
Na década de 1940, Fernand Braudel na sua obra O mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Felipe II, destacou a contribuição deste espaço insular para a construção do universo atlântico. Mais recentemente, Luiz Felipe Alencastre evidenciou a importância das ilhas atlânticas como a primeira sociedade colonial ultramarina, compreendida como o primeiro sistema atlântico – formada pelos enclaves ibero-africanos nas Canárias, em Cabo Verde, na Madeira, nos Açores e em São Tomé. A colonização das ilhas proporcionou aos portugueses a realização de uma experiência-modelo visando a adaptação prévia aos trópicos e ao escravismo de técnicas portuguesas e luso-africanas que seriam, mais tarde, desenvolvidas na América portuguesa.
A afirmação do arquipélago madeirense, nos primeiros anos dos descobrimentos, deu-se como porto de escala ou de apoio para as embarcações quatrocentistas, que singravam o oceano. A Madeira tornou-se uma importante área económica, fornecedora de cereais, vinho e açúcar; constituindo-se em modelo econômico, social e político para as demais intervenções portuguesas no Atlântico.
A colonização portuguesa era acompanhada por espectadores atentos que entraram também na disputa para a reivindicação de um mare liberum e o usufruto das novas rotas e mercados Podemos definir dois espaços de permanente intervenção dos corsários: os Açores e a costa da Guiné e Malagueta. Os ingleses iniciaram em 1497 as sucessivas incursões no oceano, ficando célebres as viagens de W. Hawkins (1530), John Hawkins (1562-1568), Francis Drake (1578, 1581-1588) e Thomas Howard (1591). É de salientar que os ingleses pouparam a Madeira, pois aí tinham uma importante comunidade residente com interesses comerciais a ser preservado. Assim, a sua ação incidiu, preferencialmente, nos Açores (1538, 1561, 1565, 1572) e Cabo Verde. Os holandeses atacaram Príncipe e São Tomé em 1598-99. Nestas circunstâncias o Atlântico não foi apenas mercado e via comercial, por excelência, da Europa, mas também um dos principais palcos em que se desenrolaram os conflitos que definiam as opções políticas das coroas européias, expressas muitas vezes na guerra de corso.
O arquipélago do Açores, formado por nove ilhas, graças à sua excelente posição estratégica foi uma importante base para a navegação atlântica. Os navios que vem da África, da Índia, do Brasil e da América Central passam por ali, devido aos ventos favoráveis para se reabastecerem. O crescimento da cidade de Angra (1534) atesta esta posição chave nas carreiras das Índias Ocidentais e Orientais. A economia dos Açores é baseada na produção de trigo, na criação de gado e a laranja exportada para a Inglaterra, traz a Ilhas de São Miguel uma grande prosperidade, desde o final do século XVIII.
O arquipélago de Cabo Verde, formado por dez ilhas, tem uma posição privilegiada, está situado a meio caminho entre os três continentes e em frente a chamada Costa dos Escravos. Esta posição estratégica fez de cabo Verde o ponto de escala e de aprovisionamento dos navios, ponte de penetração portuguesa no continente, entreposto de escravos, que posteriormente, eram exportados para a Europa - particularmente para Portugal e Espanha - e para as Américas. Durante os dois primeiros séculos de colonização, os escravos representaram a mercadoria mais importante das exportações caboverdianas.
Transplantada do Mediterrâneo e do Algarve para a Madeira, as Canárias e Cabo Verde, a sociedade escravista conheceu em São Tomé uma etapa decisiva de adaptação no ultramar. A ação colonizadora européia rapidamente ocupou as terras realizando um sistema de latifúndio e monocultura da cana-de-açúcar, introduzida em 1501. Os primeiros colonos começaram a se fixar em São Tomé no século XVI quando se desenvolvem grandes plantações de açúcar chegando a contar ainda no século XV com cerca de 60 engenhos de açúcar. Para a realização do trabalho nos engenhos foi importada dezena de milhares de escravos do continente africano, os quais se revelaram diversas vezes contra o sistema colonial. Colónia açucareira e plataforma giratória da frota negreira, São Tomé reexportou também para a América portuguesa indivíduos mais resistentes às doenças européias ou oriundas do litoral africano já treinados no fabrico do açúcar.Estas ilhas assumiram uma grande importância estratégica para os portugueses, como ponto de escala nas rotas de navegação, mas também para o próspero comércio de escravos do Congo e Angola. Posteriormente, foram introduzidas as culturas de cacau e fumo e implementou-se o comércio de pimenta.
No acervo do Arquivo Nacional encontram-se, predominantemente, no fundo Negócios de Portugal documentos sobre as ilhas atlânticas referentes ao século XIX. Destacamos as Memória ou descrição físico-política das ilhas de Cabo Verde que reúne documentos sobre cada uma das dez ilhas que compõem o arquipélago (Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia São Nicolau, Sal, Boavista, Maio, Santiago, Fogo e Brava). Na Memória predominam informações geográficas, as principais atividades econômicas desenvolvidas e o perfil da população da sociedade cabo-verdiana.
Outro importante conjunto de documentos é relativo as nove ilhas que formam os Açores (Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo) também pertencendo ao fundo Negócios de Portugal. Os assuntos são variados tais como: atividades comerciais desenvolvidas na ilha de São Jorge, os conflitos gerados pelas redes clientelares estabelecidas na Iha do Faial, a questão da defesa territorial, e reorganização da polícia da Ilha do Fogo, entre outros.

quinta-feira, maio 13, 2004

Zarco - Pai do Apelido Câmara - 5 Séc de História

" Hindo da Ribeira dos Socorridos para Ocidente hum quarto de legoa, está uma aldeya que chamão Cãmara de Lobos, perto do mar, que tem huma calheta pequena e uma furna onde durmiam e dormem ainda lobos, de que tomou nome o logar; e os capitães da ilha o de camaras, pelos achar nella o primeiro capitam João Gonçalves Zarco, quando ali desembarcou a primeira vez, como já tenho dito."

Gaspar Frutuoso


Estórias da História de Zarco

João Gonçalves Zarco foi o mais notório dos três povoadores originais do Arquipélago da Madeira. Tendo ficado com a capitania do Funchal, lançou as bases da colonização portuguesa do arquipélago, constituindo-o como uma base para as futuras incursões dos navegadores portugueses para terras mais longínquas, sob a égide do Infante D. Henrique. Foi sobretudo o seu trabalho institucional na organização da sociedade emergente na ilha que o tornou importante, pois estabeleceu um modelo de organização insular mais tarde copiado para outras ilhas, também elas descobertas, colonizadas e desenvolvidas pelos portugueses. Esse modelo culminou, já no século XX, com a autonomia regional que hoje goza, possuindo governo e parlamento regionais, os quais ditam o destino e as opções do arquipélago.

Tornou-se assim no primeiro de uma longa série de nomes portugueses que se ligaram indelevelmente à colonização de ilhas em todo o mundo, as quais não só serviram de pontos de passagem para os marinheiros lusitanos, mas também como locais de estabelecimento da população portuguesa, de difusão da sua cultura e da sua filosofia de vida . Ilhas, como a Madeira, Cabo Verde, Ceilão ( actual Sri Lanka ) ou Timor, testemunhos da passagem de um povo que não precisou de destruir aqueles que encontrou para se poder afirmar e construir uma cultura mundial, antes edificando-a com base no entendimento mútuo.

quarta-feira, maio 12, 2004

Datas marcantes para o Zarco

DATA
ASSUNTO

1418/00/00
Reconhecimento da ilha de Porto Santo

1418/07/02
Desembarque de João Gonçalves Zarco em Machico

1419
Reconhecimento da ilha da Madeira

1425
Atribuição da capitania do Porto Santo a Bartolomeu Perestrelo

1425
Introdução da cana de açúcar na ilha da Madeira

1425/05/01
Estabelecimento de Tristão Vaz na Madeira acompanhado de sua mulher e filhos

1430
Criação da freguesia da Calheta

1430
Criação da freguesia de Câmara de Lobos.Edificação da capela do Espírito Santo

1438
Criação da freguesia da Sé

1438
Construção da capela de Nossa Senhora do Calhau

1440
Doação da capitania de Machico a Tristão Vaz

1440
Criação das paróquias do Caniço e Ribeira Brava

1440
Fundação da freguesia de S. Vicente

1440
Criação da paroquia do Caniço

1440
Doação a Henrique Alemão de terras de sesmaria na Madalena do Mar por Joao Gonçalves Zarco

1440
Criação das freguesias da Ribeira Brava, Caniço, Ponta do Sol e Santa Cruz

1445
Visita do navegador Cadamosto às ilhas da Madeira e Porto Santo

1446
Doação da Capitania do Porto Santo a Bartolomeu Perestrelo

1446
Existência no Funchal de açougue e casa para venda de carnes

1449
Confirmação de D. Afonso V da doação feita por D. Duarte ao infante D. Henrique da ilha da Madeira

1450
Criação da freguesia de Machico

1451
Elevação do Funchal a Vila

1451
Doação da capitania do Funchal a João Gonçalves Zarco

1452
Existência no Funchal de engenhos movidos a água

1454
Doação de terras em S. Paulo por João Goncalves Zarco destinadas a construção do primeiro hospital.

1457/05/18
Fundação de uma grande fazenda na Madalena do Mar por Henrique Alemão

1460
Estadia de António de Mola na Madeira

1460
Chegada à Madeira Rui Mendes Pereira

1460
Senhorio do arquipélago da Madeira herdado por D. Fernando

1460
Atribuição de terras de sesmaria a João de Braga em Santo António no sitio chamado Laranjal

1467
Morte no Funchal do primeiro capitão donatário, João Goçalves Zarco

1470
Constituição do Senado da Cãmara Municipal do Funchal por " homens bons "

1470
Referência à capela "Almas Pobres", fundada por Gonçalo Diniz da Silva, ignorando-se a localidade onde fora edificada

1471
Extinção do apelido " Azinhal " na Ilha da Madeira

1473
Fundação do primeiro convento de S. Francisco no Funchal por Luís Alvares da Costa

1476
Chegada ao Funchal de alguns franciscanos

1477/03/15
Criação da Alfândega do Funchal, a mais antiga repartição pública do arquipélago

1477/03/15
Criação da Alfândega de Machico

1477/03/15
Arrendamento de casa na rua do Esmeraldo para servir de sede à Alfândega do Funchal

1477/03/15
Criação da Alfândega de Santa Cruz devido à importância do tráfico comercial, antes de ser elevada a vila

1480
Celebração da escritura de venda das terras do Curral das Freiras, propriedade de Rui Teixeira, a João Gonçalves da Câmara

1481
Isenção do pagamento de impostos sobre certas mercadorias

1485/06/05
Construção da Sé do Funchal

1486
Ordem de D. Manuel para contrução de praça, câmara e paço dos tabeliães no Campo do Duque

1486
Morte do genro de João Gonçalves Zarco, Diôgo Cabral, sepultado na capela de Nossa Senhora da Estrela, fundada pelo próprio na Calheta

1486/12/15
Morte de Diôgo de Cabral, fidalgo que veio para a Madeira para casar com uma das filhas do descobridor Diôgo Cabral

1486/12/15
Joao Goncalves Zarco é sepultado na capela de que foi fundador e que se tornou a sede de um morgadio

1489
Nascimento do 4º capitão donatário do Funchal, João Gonçalves da Câmara

1493/05/07
Regularização do uso das águas para irrigação das terras

1493/05/08
Referência numa carta do rei D.João às " terradas " e " trastes " das levadas

1494
Nomeado o primeiro juiz da Alfândega do Funchal, Francisco Alvares

1496/10/07
Negado alvará de permissão de residência permanente a estrangeiros

1496/1570
Referência do historiador João de Barros ao descobrimento do arquipélago da Madeira na sua obra Asia

1497
Fundação do Convento de Santa Clara no Funchal

1497
D.Manuel, Duque de Beja, sobe ao trono e faz reverter para a coroa o arquipélago da Madeira

1497
Acolhimento de clérigos pobres por parte da Albergaria e Capela de S. Bartolomeu fundada por Gonçalo Anes de Velosa

1498/08/22
Alvará de permissão aos estrangeiros para fixar residência na ilha

Zarco e o Mar.

O INFANTE

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Deus quis que a terra fosse toda uma,

Que o mar unisse, já não separasse.

Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,


E a orla branca foi de ilha em continente,

Clareou, correndo, até ao fim do mundo,

E viu-se a terra inteira, de repente,

Surgir, redonda, do azul profundo.


Quem te sagrou criou-te português.

Do mar e nós em ti nos deu sinal.

Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.

Senhor, falta cumprir-se Portugal!


Fernando Pessoa, Mensagem

Quem foi Zarco..

Navegador e fidalgo português da Casa do Infante D. Henrique.
Comandante de caravelas, descobriu a ilha de Porto Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira; depois a ilha da Madeira, com Bartolomeu Perestrelo (1419).

Auxiliou sempre o Infante nas suas empresas marítimas.


Biografia de Zarco

Fidalgo cavaleiro da casa do infante D. Henrique, pertencente a uma família distinta.

Seguiu desde muito novo a carreira marítima, e por mais de uma vez exerceu o comando das caravelas, que guardavam as costas do Algarve. Quando o infante D. Henrique se lançou no caminho das explorações marítimas, João Gonçalves Zarco foi o primeiro que se lhe ofereceu para o coadjuvar nesses empreendimentos. Aproveitando o oferecimento, o infante D. Henrique, em 1418, mandou preparar um barco, e entregando-o a João Gonçalves Zarco e a Tristão Vaz Teixeira, mandou-os ou demandar terras desconhecidas, ou procurar umas ilhas que já apareciam nos mapas, e a que teriam aportado 50 ou 60 anos antes outros navegadores portugueses. João Gonçalves Zarco chegou depois dalguns dias de viagem, à ilha que chamou de Porto Santo, voltando logo a Portugal a dar conta do resultado da sua expedição. O infante ficou satisfeitíssimo, e tratou logo de colonizar a ilha. Ordenou pois a João Gonçalves Zarco e a Trintão Vaz Teixeira que voltassem a Porto Santo, dando-lhes por companheiro outro criado da sua casa, chamado Bartolomeu Perestrelo. Foi nessa segunda viagem que descobriram ou demandaram a ilha da Madeira, saindo Tristão Vaz e Gonçalves Zarco do Porto Santo no dia 1 de Julho de 1419, e indo aportar à Madeira no ponto a que chamaram de S. Lourenço, por ser de S. Lourenço, também o nome do navio que os conduzia. Fizeram depois em torno da ilha uma viagem de circum-navegação, e foram pondo nomes aos diferentes acidentes da costa. Nessa viagem recebeu a principal baía da ilha o nome de Baía do Funchal, e uma grande lapa onde se escondiam muitos lobos que os viajantes caçaram, o nome de Câmara de Lobos, tomando desse sitio o próprio João Gonçalves Zarco e os seus descendentes o apelido de Câmara.

Voltando a Portugal, receberam os dois navegadores do infante o devido premio. Confirmou a João Gonçalves Zarco o apelido de Câmara, e deu-lhe por armas escudo em campo verde, e nele uma torre de menagem com cruz de ouro, e dois lobos-marinhos encostados à torre com paquife e folhagens vermelhas e verdes. e por timbre outro lobo-marinho sentado em cima do paquife. Além disso, dividindo a ilha em duas capitanias, fez mercê duma delas, a do Funchal, a João Gonçalves Zarco. Partiu este para a sua ilha, depois de ter casado com uma senhora por nome Constança Rodrigues de Almeida, e todo se entregou à colonização da sua maravilhosa propriedade. Não se esqueceu contudo dos seus deveres de cavaleiro, nem sobretudo da multa gratidão que devia ao infante D. Henrique, e, quando este quis tentar a expedição de Tanger, veio pôr-se à sua disposição. No cerco de Tanger foi armado cavaleiro pelo infante, e tendo escapado com vida a essa desastrosa expedição, tornou para a Madeira, onde, aproveitando as ricas maltas que existiam ali, fez construir alguns navios com que de vez em quando auxiliou o infante nas suas expedições de descobrimento para além do cabo Bojador. Diz-se que foi ele, mas não se sabe com que fundamento, o primeiro que pôs a artilharia a bordo. Esses instrumentos guerreiros eram então bem imperfeitos e de bem pouco serviam, mas, assim como eram, se alguém se lembrou de a pôr a bordo, foram de certo portugueses que precisavam bem de todos os meios de defesa que o génio humano lhes pudesse sugerir para se defenderem nas aventurosas expedições que tentavam contra desconhecidos perigos. Os navios de Gonçalo Zarco figuraram, como se disse, nos descobrimentos para além do cabo Bojador, e um sobrinho de Gonçalves Zarco, Álvaro Fernandes, foi um dos nossos descobridores mais felizes e audaciosos. João Gonçalves Zarco morreu na segunda metade do século XV, cheio de anos e de felicidades, deixando filhos que foram tronco de algumas das mais nobres famílias portuguesas. O ramo principal da sua casa é hoje representado pelos descendentes dos condes e marqueses da Ribeira Grande.

Zarco - The Internet Navigator.

Portuguese Navigator and noble of the house of Infant D. Henrique.
Commander of caravels, he discovered the island of Porto Santo (1418) with Tristão Vaz Teixeira, and then Madeira island, with Bartolomeu Perestrelo (1419).

He always helped the infant on his nautical enterprises.

Zarco

Benvindo(s) ao Blog do Navegador do Séc.XV - João Gonçalves ZARCO - Que descobriu no Atlântico, a Ilha Da Madeira. essa Ilha Encantada, onde ZARCO continuará a Navegar mas na Internet...


Zarco - The Internet Navigator